Carta aberta ao F.

 Assim como você, eu também não sou a pessoa mais perfeita do mundo.

Eu sei que às vezes (ou quase sempre), tenho agido como a pior pessoa... Bom, eu nem sei na verdade porque comecei essa carta falando mal de mim. Essa carta não é para isso.

Na verdade, eu acreditava que quando voltasse a escrever aqui, seria por algo bom. Não sei também se essa carta será inteiramente boa ou não. Só estou escrevendo o que me vem à mente.

Apesar de você também ter coisas para se desculpar (espero mesmo que você saiba que tem), eu também lhe devo desculpas. Acabo sendo impulsiva demais em certas ocasiões e só depois, quando vejo o tempo passar, percebi que poderia ter feito diferente.

 Não quero que ache que esqueci de todas as palavras boas que me disse desde que me conheceu. Mesmo que distante, eu sou grata de verdade pelas vezes que me fez sorrir e me sentir bem. Eu sou muito grata mesmo. E isso apaga qualquer bobagem de divergência política ou qualquer outra opinião que tenha contrária à mim. Sempre tivemos diferenças, afinal, "os livros que eu gosto você não leu. Os filmes que eu vi você não viu.". Talvez você nunca teve a ver comigo mesmo. E nem eu com você.

Quem sabe seja por essa montanha-russa de confusão que, de certa forma, o carinho que eu tenho por você permanece. Eu sei que é um pensamento meio louco e abstrato. Não é para ser entendido mesmo. A questão é que você é... Diferente! E eu digo diferente em todas as suas versões. Até porque existem vários de você. 

E por mais que eu diga que possa odiá-lo ou nunca mais querer falar contigo, acredite, é tudo da boca para fora. Reconheço que uma hora essa minha impulsividade cansa... Se é que já não cansou.

Mas o objetivo principal dessa carta é apenas para lhe dizer: Independentemente do caminho que tomarmos (e eu tenho a plena consciência de que somos de lugares diferentes e muito provável que nossos caminhos nunca se cruzem), você foi importante para mim sim.

 Apesar de tudo que possa ter acontecido, você foi importante. Nesse pouco tempo, em muitas ocasiões que o dia parecia que iria ser horrível, foi transformado em um dia bom. E isso foi mérito seu, mesmo sem saber, me ajudou demais.

Eu só sinto muito por não ter retribuído da forma certa. Mas eu não estou aqui para lamentar do que já foi. Só estou para agradecer por esses momentos simplórios, desde o bom dia, a figurinha do menino com a rosa até um joguinho em dupla. Tudo isso foi importante para mim, acredite. Afinal, até a fiona tem o lado princesa meiga e grata.

Obrigada por todas as coisas boas que me ofereceu. Pode deixar que as ruins eu já enterrei.

Obrigada mesmo.

Se a carta ficou mal escrita, pode colocar a culpa no vinho. 

Agora sinto que já trilhei todo o inferno de Dante... Passei pelo purgatório e, quem sabe, finalmente tenha chegado ao céu.

Eu espero que você tenha uma vida boa, de verdade. Você merece. Seja lá com quem seja. Que possa ouvir True Love do Soja e se sentir realizado. Eu vou desejar isso para mim também.

Fique bem.

p.s. Se voltarmos a ser amigos, pare de me chamar de tia, por favor. É irritante! kkkkk

p.s.2 Eu derramei um pouco de vinho no livro que você me deu, espero não ter estragado as folhas

p.s.3 Não vou revisar essa carta, mas tenho certeza que não há nenhum gurgules!

p.s4 Eu não tenho.

~Eu não sou ninguém. Sou Apenas Libélula

A primeira literatura realmente fantástica que li

Eu tinha 11 anos quando li Lewis pela primeira vez. O livro estava lá, entre tantos outros livros antigos e de capas surradas na prateleira mais distante da biblioteca do colégio (que era público).
Peguei o livro sem nem ao menos ler a sinopse. Acho que eu estava com pressa. Ou só porque gostei do desenho da capa.

A ideia de animais falantes sempre me encantou  - isso começou quando eu costumava ouvir histórias que meu pai contava para dormir. Logo depois passei a contar aos meus irmãos quando eram pequenos. Todas as histórias envolviam animais falantes (ou fábulas, como adultos costumam dizer).

O primeiro livro de C.S. Lewis que li foi  " A Última Batalha", da saga As Crônicas de Nárnia. Confesso que foi estranho, porque nunca tinha ouvido falar nos livros anteriores e, assim que li aquele livro, mesmo achando o enredo incrível, sabia que faltava parte da história que eu não sabia - e deveria saber.  Para minha tristeza, eu não tinha acesso à internet na época e ninguém à minha volta parecia conhecer. A biblioteca da escola também não tinha outra obra de Lewis. E assim demorei para descobrir que  "A última batalha" era o último livro de uma história com começo, meio e fim.

Demorou um tempo para que eu pudesse ter a oportunidade de ler todos os livros que fazem parte da série.

Foi libertador

Mágico

Emocionante

Há certos tipos de histórias que não deveriam ter um público alvo, pois serviriam para todas as idades. E embora muitos insistem em rotular essa saga na categoria infantil, sinto em dizer que estão completamente equivocados. Você pode ter 11, 26  ou até mesmo 80 anos que isso não irá impedir de maneira alguma que se envolva e se emocione com Lewis.

Ler realmente é algo maravilhoso. E quando se trata de literatura fantástica, na minha humilde e singela opinião, é melhor ainda.

Eu não sou ninguém.

Sou apenas libélula.

Está na hora de dizer Adeus

" Olá,

 Espero que esteja tudo bem com você...

Bom, mas se quer saber a verdade, a mais pura verdade é que meu lado egoísta - e talvez humano, de coração machucado - queira também que não esteja nada bem. Se eu tivesse que ser sincera, e estou sendo, desejaria que a pessoa com quem está agora não seja nem a metade do que eu fui para você. Que toda vez que olhar para ela, se lembre de como eu agia e falava diferente, e melhor,  e aí sinta aquele arrependimento por ter me tratado como tratou.

 Fui tola. Como eu fui tola. Acreditei nas suas palavras quando dizia sentir minha falta. Quando dizia que eu era tudo para você. Eu era sua força, se lembra?

 E pensar que por duas fucking vezes tive que passar por essa situação.

 Mas não se preocupe. Dessa vez é realmente um adeus. Aqui não haverá mais chances sequer para uma amizade. Ah, é mesmo. Você me disse um dia que, caso ficássemos só amigos, levaríamos essa amizade para muito tempo. Espero que não se incomode com isso, - se você se incomodar, eu não ligo - mas sinceramente não quero uma amizade com você. Não quero nada. Absolutamente nada. E é por isso que te escrevo essa carta de adeus, embora nunca irá realmente lê-la. O adeus que eu dei para você foi só um "ok" e isso foi mais o que o suficiente.

 E se um dia sentir minha falta ou tentar me procurar, não estarei lá. Porque sinceramente, consegui me desapegar de você e tudo o que senti. Consegui liberar todas as lágrimas que tinha - as últimas estou liberando agora - .

Espero também que você não seja a minha outra metade, como o desenho sobre almas gêmeas que me marcou na época. Eu não quero ter nenhum pedaço seu e nem quero um pedaço meu em você.

  Estou indo embora e dessa vez é verdade. Não me procure mais ou tente atrapalhar minha vida.

  Estarei vivendo bem sem você.
  Eu tentarei... "

     

Don't Worry Be Happy

 Hoje é um daqueles dias, como qualquer outra pessoa pode ter, em que não me senti feliz. Na verdade, me senti extremamente triste.

  Aquele momento horrível onde nada parece dar certo. Quando tento e tento, ou nem tento, pois não há força o suficiente para tentar. E aí me sinto fraca por não ter nem coragem de correr atrás. Fraca por tirar um dia todo deitada na cama, jogando algumas horas praticamente no lixo. E aí, quando penso no tempo que perdi, sinto-me ainda mais triste. Afinal, não consegui. Sou uma perdedora.

 Felizmente existem aquelas frases motivadoras; existe fé; existe alguma música; existe  pessoas que nos faz levantar da cama, tomar um bom banho e ouvir uma vozinha que diz: "Não se preocupe. Seja feliz".


 Tempos atrás questionei sobre o que é ser feliz e, para ser sincera, confesso não saber exatamente a resposta. A única coisa que sei, é que se eu me preocupar demais por tudo que não deu certo, nunca conseguirei ser feliz (seja lá qual seja minha felicidade).

  Olhas para trás nunca foi algo bom. E se lá atrás não deu certo; se ontem não deu certo ou alguns minutos atrás não deu certo... Bom, já passou. E o que passou, simplesmente passou. É simplório, eu sei. Mas realmente passou.

Então vamos esquecer o que passou de ruim. Ainda temos um tempinho para seguir em frente. Um tempinho para seguir os sonhos. Nada de olhar para trás. O lance aqui, é olhar para frente. Sempre.

Não se preocupe. Coisas ruins acontecem - e como acontecem!
Mas não vamos nos focar nisso. Focaremos no seguinte: Aconteça o que acontecer, eu sou forte o suficiente para conseguir o que quero. Todos nós somos fortes o suficiente para isso.

E toda vez que me sentir mal,ou você, ou nós,  vai ter aquela frase na  cabeça dizendo para não se preocupar. Apenas ser feliz.

O Rouxinol que não sabia voar

O pequeno rouxinol era tão triste,

Ele não sabia voar

Voe rouxinol! Voe!

Por que não pode voar?

Ele era triste, por isso não conseguia voar.

Para que servem as asas, se não pode voar?

O rouxinol olhava para as próprias penas

Abria as asas, olhava para o céu;

Ameaçava alçar vôo

Mas o pequeno rouxinol não sabia voar.

Pobre rouxinol, tão triste, tão pobrezinho.

Pobre passarinho que não sabe voar

E ele tentava, sempre e sempre

Agarrando suas pequenas garrinhas ao galho, tentava alçar vôo

Todavia se lembrava que não sabia voar,

Então não voava

Pobre passarinho que não sabe voar

Ele não alçou vôo, embora tivesse asas

Porque não sabia voar

Pobre pequeno rouxinol

Pobre passarinho que nunca tentou voar,

Não tentou porque não sabia voar

                                  

                                          - Eu não sou ninguém. Sou apenas libélula.

O que é ser feliz? - Part. 1

Já parou para pensar se está fazendo tudo o que realmente quis fazer?

Olhou para si e disse: Estou realizado. Ou então: Estou fazendo aquilo que gosto, aquilo que me faz feliz.

Mas e quando não se sabe nem o que lhe faz feliz, como fica? Como saber se estamos no caminho certo, quando há dúvida até mesmo sobre qual é o caminho certo?

 O errado talvez seja o certo ou o certo pode ser o errado.


O que é ser feliz, afinal?

Como é ter um amor?

Eu gostaria, de verdade, saber como é amar alguém. Não digo amar de maneira banal, como vemos por aí diariamente.

 Eu te amo – Obrigada – Eu te amo – De nada – Eu te amo – Com licença....

Queria descobrir o que é amar VERDADEIRAMENTE. Aquele amor duplo, sabe? Um amor em que você olha para o lado e o vê lá. Ou então olha para sua mão direita – ou esquerda, quem sabe – e também está lá, segurando a sua mão. Levando você para qualquer lugar, simples ou não, em que duas pessoas possam estar felizes.

Não, eu não digo de amores momentâneos. Daqueles que duram dias, semanas, meses e no máximo, uns 2 ou 3 anos.

Eu quero um amor para além disso. E quero descobrir o que é amar e ser correspondido – Correspondido de verdade, verdadeiramente falando, na mais profunda forma que se possa amar. Esqueça aqui sobre amor fraternal, paternal, maternal ou religioso. Sabes bem que não estou falando desse tipo de amor, até porque, para esses não existe questionamentos em minha mente.

Não quero também um amor maior que eu, como diz naquela canção de uma banda brasileira. Eu quero um amor do tamanho do meu amor. Nem maior nem menor.

É só isso que eu quero.

E por quanto tempo terei que esperar para isso acontecer?

Estamos em 2018... Ainda não sei a resposta.

Eu não sou ninguém. Sou apenas libélula.

Fingir estar bem

É uma droga quando nada dá certo. De repente você cria uma expectativa sobre algo e, antes mesmo que possa se dar conta, esse "algo" se esvai.

Eu tentei de todas as formas não me iludir. Afinal, era só o começo...Quer dizer, ainda é o começo. Mas eu fiquei tão iludida - talvez por desespero - que passar um dia sem poder conversar já me deixa preocupada. Então começo a pensar que eu não deveria ter me iludido com tão pouca coisa.

Por que eu sou assim? Por que eu não posso simplesmente deixar fluir?

Talvez o fato de nunca ter tido um relacionamento tenha me deixado desse jeito...

Na real, eu morro de medo de passar  a minha vida sozinha. Morro de medo de não ter ninguém enquanto vejo todos à minha volta com alguém.

Eu finjo o tempo todo, para todo mundo - principalmente minha família - que estou bem. Finjo que não me preocupo em ficar só. Finjo que quero dar prioridade a outras coisas... Mas é tudo mentia.

E enquanto eu finjo, por dentro estou em prantos. Tudo por ainda não ter ninguém ao lado.

Deus, até quando ficarei assim?

Come here

Então eu passo o dia inteiro, olhando para a tela do meu celular. Fico horas e horas a fio, esperando uma mísera mensagem. Nem que seja só oi. Eu só quero uma mensagem.

Então eu sinto meu coração queimar. E por que ele queima tanto? Por que minha garganta se aperta e minhas mãos tremem? Tudo isso por causa de uma mísera mensagem?

Enquanto espero, ouço repetidamente “come here”, como se a música falasse comigo ou, mais do que isso, como se ela falasse com você. Como se a música que eu ouço fosse capaz de avisá-lo. Capaz de dizer “Ei, mande uma mensagem à ela. Ela está esperando por você.”

Então eu me pergunto se está na mesma situação. Será que esta esperando por uma mensagem minha? Será que dessa vez, eu que deveria mandá-la? Se for, talvez eu não devesse esperar. Talvez quem devesse mandar um oi seja eu.

Se for isso, não deveria ter esperado tanto o dia inteiro.

Não passou tanto tempo assim, mas acho que estou ficando louca.

Meu coração continua ardendo.

Um minuto

Um minuto com você talvez fosse mais que o suficiente, embora nos tempos de hoje, cada minuto pode significar um segundo.

Mas ainda acho que um minuto ainda é o suficiente.
É o suficiente para um sorriso.
O suficiente para um abraço.
O suficiente para perguntar: Como vai você?

Mais do que isso.
É o suficiente para dizer um eu te amo.

É...Às vezes não é preciso tanto tempo assim.
Basta saber transformar esse um minuto em algo duradouro.

Um minuto é o suficiente.

O que eu preciso

 Às vezes penso que "sofrer" seja algo que esteja constantemente na minha vida... Sofrer por amor; por estar só; por simplesmente não conseguir aquilo que quero.

Coisas ruins acontecem. É...Coisas ruins acontecem em uma quantidade de vezes absurda, de tal modo que surge aquela vontade de gritar para que o mundo todo ouça:

 - CHEGA! EU NÃO QUERO MAIS SOFRER!

É revoltante.

Parece que a dor não acaba.

Parece que tudo poderá ficar cada vez pior...Mais e mais...

Porém, eis que surge a coisa mais engraçada e absurda de tudo: O sofrimento vai embora.

Sim, depois de toda a luta e perrengue, ele vai. E quando passa, nos perguntamos em como conseguimos passar por tudo.

É aí que começamos a refletir sobre uma coisa importante: Por mais que a luta seja árdua; por mais que pareça que tudo possa dar errado, lá no fim...Bem no finalzinho...Sim, vai dar certo. Eu sei que vai.

Eu sei que Deus não deixaria eu carregar um fardo maior do que eu poderia suportar. Eu sei que Ele está do meu lado, dando-me forças.

Eu sei que o sofrimento é grande e que, talvez, venham mais pela frente. Mas eu também sei que saberei passar por isso, como sempre passei.

Às vezes - ou na maioria das vezes - aquele "amor" (ou o que você acha que é amor), não dá certo. Tudo bem. Está tudo bem, de verdade. Tudo bem sofrer e chorar pelo amor que foi embora. Não há nada de errado nisso. Mas não vamos nos prender à ele, até porque, se fosse realmente um amor, não teria ido embora.

Assim eu esperei e assim irei esperar, no meu canto, até finalmente aparecer aquele amor.
Aquele que me faça sofrer, mas sofrer por estar longe e não poder ficar tanto tempo ao lado.
Aquele que me faça chorar; chorar de alegria toda vez que me faça uma surpresa.
Por fim, aquele que me faça escrever, não mais poemas de dor, mas poemas de amor.

É isso que preciso.

É isso que todos precisamos.

De poemas de amor.