12 setembro 2012

Lembrança


“Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a este artifício conseguimos suportar o passado.”
Gabriel Garcia Marquez

- Vamos Belle, é só um patinho.
-Tenho medo mamãe!
A pequena garotinha vestia um vestido rodado com várias flores rosa estampadas. Sua sapatilha branca estava um pouco suja de terra. Ela se segurava na saia de sua mãe enquanto olhava nervosa para o pato que estava quase na beira do pequeno lago do parque.
-Vai Aninha, ele não irá morder você.
Um homem de aparência jovial falava a uns dois metros de distância da mãe e da filha. Ele segurava uma antiga máquina fotográfica preta. Seus olhos castanhos e seu cabelo negro lembravam muito Anabelle. Todos diziam que ela era a cara do pai.
-Tudo bem Belle.
Sua mãe sorridente, de cabelos castanhos claros e levemente encaracolados dizia enquanto acariciava os cabelos da pequena garotinha.
-Eu jogo a ração para o patinho.
A jovem mulher jogou no lago a ração. Mãe e filha admiravam o pato que rapidamente pegava o alimento com o bico.
-Já que você não quis tirar uma foto com o patinho, que tal uma foto de nós duas?
Anabelle sorria de alegria. As duas se viraram para o pai da menina.
-Pronto Carlos, agora você pode bancar o fotógrafo.
A mulher sorria para o marido. Era notório o olhar dos dois de apaixonados.
-Digam “xis”!
-“Xis”!
As duas falaram em coro. A máquina fotográfica fez o barulho indicando que a foto acabara de ser batida.
-Papai, tira uma foto com a gente!
A garotinha chamava seu pai. Suas bochechas rosadas e um sorriso no rosto que mostrava uma pequena “janelinha” nos dentes acabaram forçando Carlos a ceder o pedido da filha. Ele então pediu a um casal de pedestres que passavam naquele momento que tirassem uma foto da família. O homem com um ar de simpatia, respondeu que sim e caridoso fotografou pai, mãe e filha, sorridentes, perto do lago.

                                                - Libélula

10 setembro 2012

A Carta de Um Viajante

Fotografia de: Desconhecido

        " Você deve estar se perguntando agora: " Quem é o dono de tal bilhete deixado nesse velho banco de praça?"
           Pois bem, irei responder à sua curiosidade. Sou um velho viajante que durante muitos anos procurou sua morada, mas que nunca a achara. Por favor, não tenha pena de mim. Prefiro que me ache um tolo. Sim, sou um tolo, um tolo pensador que vaga por todo esse mundo, querendo conhecer pessoas diferentes a fim de encontrar minha própria alma.
           Eu lhe respondo de antemão, ainda não a achei. Não neste mundo.  
         Sei que agora que já sabe, ou ao menos tem certa idéia de quem sou, esteja se perguntando o motivo desse bilhete. Oras caro leitor! Por acaso o poeta tem um motivo certo e exato de escrever uma poesia? Ou um escritor teria um motivo - repito -certo e exato de escrever uma bela obra teatral?
         Não! Não quero que me compare a um poeta.  Na realidade, eu não passo de um mero viajante que resolvera escrever um bilhete. Sim, este bilhete está virando uma carta, de fato. Mas eu queria partir já sabendo antecipadamente que alguém o leria. Principalmente alguém que eu não conhecesse.
         Esse mundo me dera tantas alegrias, tantas tristezas e tantas dores... Eu temia em deixá-lo.
        Mas agora que estou prestes a partir vejo que fiz o suficiente. Sim, eu já sei onde está minha alma e estou prestes a ir de encontro com ela.
        Espero que sua vida tenha sido tão intensa quanto a minha. Se não foi, não importa qual seja a sua idade, faça! Com certeza você estará bem melhor depois que o fizer.
        Já estou atrasado. Por favor, jogue essa carta/bilhete no lixo. Eu ficaria grato se soubesse que você, meu caro leitor anônimo, foi o último com quem eu falei."

          Então, o leitor amassou o bilhete e o jogou na lixeira ao lado do velho banco da praça. Em toda sua vida, ele nunca mais se lembrou do papel que encontrara.

                                                                                 -Libélula 


Um texto pensado e escrito dentro de uma biblioteca. Sim, uma das moradias da inspiração!



05 setembro 2012

O Garoto


     O garoto de rua passava pelas lojas olhando os mais variados artefatos que eram vendidos. Seus pés descalços e sujos já estavam acostumados a andar, não se cansavam tão facilmente. Não mais.
       
     A calçada estava congestionada de gente, mas a presença do garoto era imperceptível. Ele era invisível. Ao menos era isso que os pedestres queriam acreditar. Não queriam vê-lo. Não queriam notá-lo. Não era bom notar uma criança descalça e mal vestida andando pela rua sozinha, sem rumo.
     
    O garoto contava o pouco dinheiro que até então havia conseguindo pedindo esmolas. A sinfonia das moedas em suas mãos foram então substituídas por uma bela melodia que adentrava os ouvidos do pequeno menino. Não foi difícil para ele sentir aquela melodia. Ela entrou em seu coração tão rápido como a flecha de um cupido que atinge os corações de casais apaixonados. 
   
     Na medida em que o garoto caminhava o som parecia ser mais alto e muito mais bonito e envolvente.
   
     Foi então que ele olhou na vitrine de uma loja de eletrodomésticos. Uma grande TV de plasma transmitia as imagens de um concerto de música clássica. Os olhos do garoto brilhavam mais do que a tela da moderna televisão. Ele estava ouvindo a mais bela sinfonia que já ouvira em toda a sua vida.
    
    Ele regia, ele tocava o violino, tocava o piano, tocava a tão bela música que escutava com tanto prazer.
  
    O garoto então já não era mais um garoto. Agora ele estava à frente de uma orquestra, regendo a sinfonia de sua vida.
  
   Agora ele não era mais invisível.
  
   Agora todas as pessoas o viam.
  
  Agora todos o aplaudiam de pé.
                                                             -Libélula

04 setembro 2012

Libélula Gostou: A Garota de Rosa-Shocking

    Sabe quando você está a fim de ver um filme "bobo" apenas para descontrair?    

    A Garota de Rosa-Shocking é  um ótimo filme para essas situações. Excelente para pessoas que assim como eu, adoram esses romances da década de 80.
 
    A personagem principal é Andy (Molly Rindwald), uma garota pobre que estuda em um colégio de ricos, um típico filme de romance adolescente da década de 80. Ela está a procura de um romance com um lindo garoto do colégio que a leve para o baile da escola.
 
   Meu personagem preferido nesse filme e o que mais se destacou é o melhor amigo de Andy, "Duckie", interpretado pelo ator Jon Cryer. Sim, aquele do "Two and a Half Man".
 
   Vale a pena conferir. É um filme leve, engraçado, um pouco dramático e romântico!


Título Original: Pretty in Pink
Ano de Produção: 1986
Direção: Howard Deutch
Gênero: Comédia dramática, Romance.
Nacionalidade: EUA





03 setembro 2012

E se...

 E se as pessoas aceitassem as diferenças uma das outras?
 E se os seres humanos finalmente respeitassem a natureza?
 E se precisássemos de pouca coisa para sermos felizes?
 E se o "se" não existisse e realmente tudo fosse assim?

 Isso só dependerá de cada um. De mim, de você, de todos nós.

 Sim, nós podemos ser melhores! Com muita fé em Deus e paz no coração, tudo dará certo!


Eu não sou ninguém, sou Apenas a Libélula.
Até a próxima! =D

Animais


      "Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais."
                                         Immanuel Kant





Carta aberta ao F.

 Assim como você, eu também não sou a pessoa mais perfeita do mundo. Eu sei que às vezes (ou quase sempre), tenho agido como a pior pessoa.....