Eu tinha 11 anos quando li Lewis pela primeira vez. O livro estava lá, entre tantos outros livros antigos e de capas surradas na prateleira mais distante da biblioteca do colégio (que era público).
Peguei o livro sem nem ao menos ler a sinopse. Acho que eu estava com pressa. Ou só porque gostei do desenho da capa.
A ideia de animais falantes sempre me encantou - isso começou quando eu costumava ouvir histórias que meu pai contava para dormir. Logo depois passei a contar aos meus irmãos quando eram pequenos. Todas as histórias envolviam animais falantes (ou fábulas, como adultos costumam dizer).
O primeiro livro de C.S. Lewis que li foi " A Última Batalha", da saga As Crônicas de Nárnia. Confesso que foi estranho, porque nunca tinha ouvido falar nos livros anteriores e, assim que li aquele livro, mesmo achando o enredo incrível, sabia que faltava parte da história que eu não sabia - e deveria saber. Para minha tristeza, eu não tinha acesso à internet na época e ninguém à minha volta parecia conhecer. A biblioteca da escola também não tinha outra obra de Lewis. E assim demorei para descobrir que "A última batalha" era o último livro de uma história com começo, meio e fim.
Demorou um tempo para que eu pudesse ter a oportunidade de ler todos os livros que fazem parte da série.
Foi libertador
Mágico
Emocionante
Há certos tipos de histórias que não deveriam ter um público alvo, pois serviriam para todas as idades. E embora muitos insistem em rotular essa saga na categoria infantil, sinto em dizer que estão completamente equivocados. Você pode ter 11, 26 ou até mesmo 80 anos que isso não irá impedir de maneira alguma que se envolva e se emocione com Lewis.
Ler realmente é algo maravilhoso. E quando se trata de literatura fantástica, na minha humilde e singela opinião, é melhor ainda.
Eu não sou ninguém.
Sou apenas libélula.
