21 abril 2016

O que eu preciso

 Às vezes penso que "sofrer" seja algo que esteja constantemente na minha vida... Sofrer por amor; por estar só; por simplesmente não conseguir aquilo que quero.

Coisas ruins acontecem. É...Coisas ruins acontecem em uma quantidade de vezes absurda, de tal modo que surge aquela vontade de gritar para que o mundo todo ouça:

 - CHEGA! EU NÃO QUERO MAIS SOFRER!

É revoltante.

Parece que a dor não acaba.

Parece que tudo poderá ficar cada vez pior...Mais e mais...

Porém, eis que surge a coisa mais engraçada e absurda de tudo: O sofrimento vai embora.

Sim, depois de toda a luta e perrengue, ele vai. E quando passa, nos perguntamos em como conseguimos passar por tudo.

É aí que começamos a refletir sobre uma coisa importante: Por mais que a luta seja árdua; por mais que pareça que tudo possa dar errado, lá no fim...Bem no finalzinho...Sim, vai dar certo. Eu sei que vai.

Eu sei que Deus não deixaria eu carregar um fardo maior do que eu poderia suportar. Eu sei que Ele está do meu lado, dando-me forças.

Eu sei que o sofrimento é grande e que, talvez, venham mais pela frente. Mas eu também sei que saberei passar por isso, como sempre passei.

Às vezes - ou na maioria das vezes - aquele "amor" (ou o que você acha que é amor), não dá certo. Tudo bem. Está tudo bem, de verdade. Tudo bem sofrer e chorar pelo amor que foi embora. Não há nada de errado nisso. Mas não vamos nos prender à ele, até porque, se fosse realmente um amor, não teria ido embora.

Assim eu esperei e assim irei esperar, no meu canto, até finalmente aparecer aquele amor.
Aquele que me faça sofrer, mas sofrer por estar longe e não poder ficar tanto tempo ao lado.
Aquele que me faça chorar; chorar de alegria toda vez que me faça uma surpresa.
Por fim, aquele que me faça escrever, não mais poemas de dor, mas poemas de amor.

É isso que preciso.

É isso que todos precisamos.

De poemas de amor.




14 abril 2016

Coisas da madrugada - Depois de um longo tempo

 Passei por um longo tempo sem me recordar da existência desse blog. Até que hoje, no dia 14 de Abril de 2016, às 02h40 da madrugada, recordei-me dele.

  Comecei a me perguntar do motivo que me fez começar a escrever aqui; ri de mim mesma quando reli as postagens mais antigas. É engraçado como mudamos ao longo do tempo no mesmo instante em que parte de nós continua do mesmo jeito.

 Convenhamos, mudanças são necessárias (quando para melhor, é claro).

 Sinceramente, até hoje não entendi essa minha compulsividade de escrever. Só escrever. Pegar uma caneta, um papel e rabiscar qualquer frase aleatória. É isso que faço.

Talvez escrever seja uma forma que encontrei de expressar o que sinto.

 Expressar sentimentos..hmm.. aí está uma coisa que não sei fazer muito bem. Existem aquelas pessoas - as mais próximas à mim - que dizem que eu deveria  fazer as pessoas entenderem o que sinto.

Será que é tão difícil assim aceitar minha forma de expressão? Eu devo mesmo, obrigatoriamente, expressar-me da forma que os outros querem?

Eu acho que não.

Bom, percebi que escrever aqui foi o suficiente para me dar conta de que me expressar através da escrita é o suficiente para mim - mesmo escrevendo uma coisa boba e que não faça o menor sentido.


Sim...essa é a minha forma  de me sentir melhor. Não há problema nisso, assim como não existe problema em se expressar conversando com alguém, ou gritando no meio da rua...Afinal, ninguém é igual a ninguém, não é mesmo?

Eu sei, escrevi e escrevi mas não cheguei a nenhum ponto. Mas para falar a verdade, não quero chegar a nenhuma conclusão. Eu só quero continuar caminhando, talvez tropeçando aqui ou ali, pegando o caminho errado até achar o certo. Como diria o poeta "vivendo e aprendendo".

É assim que começo o ano de 2016, como uma eterna aprendiz.  Até aqui aprendi muita coisa (muita mesmo!), mas ainda tenho muito que aprender.
Ah, e respondendo minha pergunta, acho que sei porque comecei a escrever nesse blog: Acredito que escrever, assim como fazer música, seja uma forma de exteriorizar tudo o que sentimos.

Aquele que diz que os sentimentos não podem ser vistos ou tocados, não sabe o poder que as palavras tem.

Eu não sou ninguém, sou apenas libélula.




Carta aberta ao F.

 Assim como você, eu também não sou a pessoa mais perfeita do mundo. Eu sei que às vezes (ou quase sempre), tenho agido como a pior pessoa.....